De hoje (28) até a quarta-feira, o Sesc Lages apresenta a Mostra de Cinema Indiano. É uma ótima oportunidade para conferir uma faceta interessante do rico cinema indiano. Com sessões às 20 horas, a entrada é franca.
A mostra é dedicada ao diretor Satyajit Ray (1921-1992), considerado o pai do cinema indiano e apresenta a trilogia Apu, praticamente inédita no Brasil. Ele baseou-se no romance Aparajito, de Bibhutibhushan Bandopadhyay, para criar essa obra do cinema marginal indiano, que foi fortemente influenciado pelo realismo e também pela Nouvelle Vague. A indústria cinematográfica indiana entrou em crise e só voltou a respirar na segunda metade dos anos 90 com Bollywood.
Para adaptar Aparajito para o cinema, Satyajit dividiu o livro em três filmes, produzidos entre 1955 e 1959. A Canção do Caminho, Aparajito e Mundo de Apu fazem parte da trilogia Apu, criada com música de Ravi Shankar, baixo orçamento e elenco amador. O Mundo de Apu ganhou três prêmios nacionais de cinema e arrebatou os festivais de Cannes, Berlim e Veneza.
A trilogia de Ray foi tão importante que o crítico Tiago Bacelar ressalta: “repercutiu, principalmente no quesito iluminação, nos trabalhos de Martin Scorcese, François Truffaut, Carlos Saura, Isao Takahata, Wes Anderson, Akira Kurosawa e Jean-Luc Godard, dentre outros. A cena final de O Mundo de Apu foi repetida na produção My Family, de 1995, dirigida por Gregory Nava”.
Pelo seu brilhante trabalho, Ray tornou-se a segunda personalidade do cinema, depois de Chaplin, a receber o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Oxford e recebeu em 1992 um Oscar honorário da Academia, poucas semanas antes do seu falecimento, em Calcutá, na Índia, aos 70 anos.
Sobre Satyajit Ray
Ele foi um cineasta indiano que é lembrado por muitos como um dos grandes diretores do cinema do século XX. Nasceu na cidade de Calcutá, numa família proeminente no mundo das artes e letras. Começou a carreira como artista comercial e foi levado ao mundo do cinema após se encontrar com o cineasta francês Jean Renoir e assistir ao filme neorealista italiano Ladri di biciclette, durante uma visita a Londres.
Satyajit era um cineasta prolífico e versátil, dirigiu 37 filmes, incluindo longas, documentários e curtas. O primeiro filme de Ray, Pather Panchali, ganhou onze prêmios internacionais, incluindo "Melhor documentário humano" no Festival de Cannes. Junto de Aparajito e Apur Sansar, o filme forma a "trilogia Apu". Ele trabalhou extensivamente em diversas funções, incluindo roteiro, elenco, trilha sonora, fotografia, direção de arte, edição e confecção de seu próprio material publicitário. Além de fazer filmes, foi autor de ficções, editor, ilustrador, designer gráfico e crítico de cinema. Ray recebeu muitos prêmios importantes em sua carreira, incluindo um Oscar em reconhecimento ao seu trabalho em 1991.
A mostra é dedicada ao diretor Satyajit Ray (1921-1992), considerado o pai do cinema indiano e apresenta a trilogia Apu, praticamente inédita no Brasil. Ele baseou-se no romance Aparajito, de Bibhutibhushan Bandopadhyay, para criar essa obra do cinema marginal indiano, que foi fortemente influenciado pelo realismo e também pela Nouvelle Vague. A indústria cinematográfica indiana entrou em crise e só voltou a respirar na segunda metade dos anos 90 com Bollywood.
Para adaptar Aparajito para o cinema, Satyajit dividiu o livro em três filmes, produzidos entre 1955 e 1959. A Canção do Caminho, Aparajito e Mundo de Apu fazem parte da trilogia Apu, criada com música de Ravi Shankar, baixo orçamento e elenco amador. O Mundo de Apu ganhou três prêmios nacionais de cinema e arrebatou os festivais de Cannes, Berlim e Veneza.
A trilogia de Ray foi tão importante que o crítico Tiago Bacelar ressalta: “repercutiu, principalmente no quesito iluminação, nos trabalhos de Martin Scorcese, François Truffaut, Carlos Saura, Isao Takahata, Wes Anderson, Akira Kurosawa e Jean-Luc Godard, dentre outros. A cena final de O Mundo de Apu foi repetida na produção My Family, de 1995, dirigida por Gregory Nava”.
Pelo seu brilhante trabalho, Ray tornou-se a segunda personalidade do cinema, depois de Chaplin, a receber o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Oxford e recebeu em 1992 um Oscar honorário da Academia, poucas semanas antes do seu falecimento, em Calcutá, na Índia, aos 70 anos.
Sobre Satyajit Ray
Ele foi um cineasta indiano que é lembrado por muitos como um dos grandes diretores do cinema do século XX. Nasceu na cidade de Calcutá, numa família proeminente no mundo das artes e letras. Começou a carreira como artista comercial e foi levado ao mundo do cinema após se encontrar com o cineasta francês Jean Renoir e assistir ao filme neorealista italiano Ladri di biciclette, durante uma visita a Londres.
Satyajit era um cineasta prolífico e versátil, dirigiu 37 filmes, incluindo longas, documentários e curtas. O primeiro filme de Ray, Pather Panchali, ganhou onze prêmios internacionais, incluindo "Melhor documentário humano" no Festival de Cannes. Junto de Aparajito e Apur Sansar, o filme forma a "trilogia Apu". Ele trabalhou extensivamente em diversas funções, incluindo roteiro, elenco, trilha sonora, fotografia, direção de arte, edição e confecção de seu próprio material publicitário. Além de fazer filmes, foi autor de ficções, editor, ilustrador, designer gráfico e crítico de cinema. Ray recebeu muitos prêmios importantes em sua carreira, incluindo um Oscar em reconhecimento ao seu trabalho em 1991.
Hoje será exibido o filme "A Canção da Estrada" (Pather Panchali), de 1955 e com 122 minutos de duração. É tido como uma das obras primas do cinema mundial, incompreensívelmente, inédita no Brasil e nas Américas. Este filme foi estréia espetacular de Satyajit Ray.
Os três filmes foram recuperados no final dos anos 90, pois um incêndio destruiu os negativos originais, esta é a primeira fita, que deu origem a trilogia de Apu. Nela se narra a comovente história de uma família de Bengali perseguida pela má sorte. O pai, Harihara, é um sacerdote mundano, curandeiro, sonhador e poeta. A mãe Sabajaya, trabalha para alimentar uma família, que recebe com alegria e esperança a chegada de um novo filho, Apu. (Foto: Divulgação)
Os três filmes foram recuperados no final dos anos 90, pois um incêndio destruiu os negativos originais, esta é a primeira fita, que deu origem a trilogia de Apu. Nela se narra a comovente história de uma família de Bengali perseguida pela má sorte. O pai, Harihara, é um sacerdote mundano, curandeiro, sonhador e poeta. A mãe Sabajaya, trabalha para alimentar uma família, que recebe com alegria e esperança a chegada de um novo filho, Apu. (Foto: Divulgação)
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