Para encerrar o projeto "Enter ou Entre, as portas estão abertas" do Sesc Lages, o grupo Grafitti de São Paulo, apresenta hoje o espetáculo "A Obscena Senhora D.", a partir das 20h30min.
Na peça, Hille, apelidada pelo marido Ehud de Senhora D., D. de Derrelição (abandono, desamparo), aos 60 anos decide viver num vão de escada onde se entrega a uma busca incessante pelo sentido das coisas.
Durante uma noite - ou numa dimensão do tempo onde é impossível distinguir as fronteiras entre memória e instante - em seu espaço diminuto, na companhia de peixes de papelão que habitam um aquário - de papelão sim, pois coisas vivas demais já não lhe pertenncem - a Senhora D. revive momentos da relação com o marido, recentemente falecido, que insiste para que ela abandone essas especulações sem sentido e reencontre o sabor das coisas simples da vida, o amor e o sexo.
Hille busca a compreensão do sagrado através da enigmática imagem de um menino-porco e chafurda os limites da sanidade ao confrontar-se com a velhice, o abandono, a ruína, o obscuro contido na sucessão dos dias e a própria morte.
A mulher é ainda violentamente hostilizada pela estupidez da vizinhança, que ignora as razões que levam um indivíduo a abandonar a integridade física e o senso-comum para tentar encontrar uma resposta lúcida no vazio que preenche as lacunas. A Senhora D. passa a conviver como uma porca ferida que fugiu do quintal da vizinha e através desta convivência percebe o brilho vivo de uma compreensão. (Foto: Ary Brandi)
Na peça, Hille, apelidada pelo marido Ehud de Senhora D., D. de Derrelição (abandono, desamparo), aos 60 anos decide viver num vão de escada onde se entrega a uma busca incessante pelo sentido das coisas.
Durante uma noite - ou numa dimensão do tempo onde é impossível distinguir as fronteiras entre memória e instante - em seu espaço diminuto, na companhia de peixes de papelão que habitam um aquário - de papelão sim, pois coisas vivas demais já não lhe pertenncem - a Senhora D. revive momentos da relação com o marido, recentemente falecido, que insiste para que ela abandone essas especulações sem sentido e reencontre o sabor das coisas simples da vida, o amor e o sexo.
Hille busca a compreensão do sagrado através da enigmática imagem de um menino-porco e chafurda os limites da sanidade ao confrontar-se com a velhice, o abandono, a ruína, o obscuro contido na sucessão dos dias e a própria morte.
A mulher é ainda violentamente hostilizada pela estupidez da vizinhança, que ignora as razões que levam um indivíduo a abandonar a integridade física e o senso-comum para tentar encontrar uma resposta lúcida no vazio que preenche as lacunas. A Senhora D. passa a conviver como uma porca ferida que fugiu do quintal da vizinha e através desta convivência percebe o brilho vivo de uma compreensão. (Foto: Ary Brandi)
Um comentário:
eu vii. ótimo!
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